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O Redemoinho e o Eu Real

Na Palestra do Pathwork@ No. 123 – Liberação e Paz pela Superação do Medo do Desconhecido, o Guia do Pathwork diz que estar em paz consigo mesmo e em harmonia com Deus é “… dissolver-se na corrente da vida, com total posse de si mesmo, mas sem medo de renunciar a essa posse.”

Este conceito pode parecer contraditório. Estar disposto a renunciar à posse de si mesmo, à própria individualidade, mantendo-se totalmente nessa posse para ficar em paz consigo mesmo e em harmonia com Deus? O que isso significa?

Bem, essa é uma expressão particular de um princípio mais geral, constante dos ensinamentos do Pathwork@. Para se alcançar uma meta desejada, é preciso estar pronto para desistir do que é desejado. Se assim não for, o desejo obstinado cria uma corrente de força que dificulta a própria manifestação do que se deseja. Isso se aplica também à compreensão da própria individualidade.

Se o conceito ainda não estiver claro, a seguinte metáfora poderá ajudar.

River

Pense em um rio de água límpida fluindo suavemente entre algumas rochas. Perto das rochas, você poderia ver redemoinhos. Cada redemoinho está contido no rio, mas pode ser notado individualmente. Você pode pensar neles como tendo, cada um, sua própria individualidade.

Whirlpool

Agora considere a possibilidade de separar um desses redemoinhos do rio onde se encontra. Suponha que você use um balde para “coletar” um dos redemoinhos para enfeitar seu aquário em casa. O que você pegaria no balde? Um redemoinho? Claro que não! Você obteria apenas água; e nenhum redemoinho isolado!

O redemoinho tem sua individualidade apenas se permanecer imerso no rio. Da mesma forma, só apreenderemos o significado completo de nossa individualidade se a percebermos como imersa e integrada na abrangente consciência Divina que permeia o universo.

Bucket

A identificação com o nosso pequeno ego é uma visão distorcida e míope da manifestação Divina que realmente somos. Se o redemoinho da nossa metáfora tivesse folhas caídas flutuando dentro dele, essas seriam a única parte visível do redemoinho que restaria em nosso balde. Da mesma forma, nosso ego seria a única parte perceptível (não muito bonita) da nossa individualidade se insistíssemos em percebê-la separadamente da consciência cósmica abrangente que permeia todo o universo. Devemos abandonar essa abordagem narcisista se quisermos assumir nossa verdadeira identidade, nosso Eu Real

Gustavo Monteiro

Janeiro de 2021

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