O YouTube mostra um vídeo muito interessante com uma entrevista com o Dr. Bruce Lipton,
comentando os resultados de sua pesquisa sobre o papel dos genes em nosso DNA. Os primeiros 5 minutos do vídeo são apenas uma introdução pelo anfitrião da entrevista e podem ser avançados sem perda de conteúdo.
A pesquisa do Dr. Lipton, como várias outras, ilustra a crescente convergência da ciência e da espiritualidade, sendo esta última exemplificada aqui pelos ensinamentos do Pathwork.
Com relação aos eventos geralmente atribuídos a causas genéticas, o Dr. Lipton explica o papel dos genes de maneira inovadora, relacionando seus efeitos às crenças que mantemos, consciente ou inconscientemente. Essa nova maneira de ver o papel dos genes tem sido reconhecida recentemente na medicina como “Epigenética” (acima e além da genética).
As idéias apresentadas pelo Dr. Lipton na entrevista acima mencionada reforçam vários conceitos do Pathwork, como mostrado abaixo.
- O Dr. Lipton diz que nossas crenças enraizadas influenciam a maneira como percebemos nosso ambiente, o que, por sua vez, influencia a maneira como nossos genes afetam nossa biologia, determinando eventos que se manifestam em nossas vidas. De acordo com a visão genética dos genes, somos vítimas de nossos genes. Na visão epigenética, nos tornamos Mestres de nossas vidas, se pudermos dominar nossas crenças. O Pathwork Guide ensina que temos o poder de determinar nosso destino. Nossas crenças enraizadas (nossas “imagens”) afetam nossa percepção das circunstâncias da vida; essa percepção afeta como pensamos, sentimos, nos comportamos e manifestamos eventos em nossas vidas. Se nos tornamos conscientes de nossas crenças erradas (geralmente inconscientes) (nossas “imagens”) e as transformamos (dissolvemos nossas imagens), mudamos a forma como manifestamos nossas vidas. (Nós nos tornamos mestres do nosso destino).
- Tanto o Dr. Lipton quanto o Pathwork Guide (junto com a maioria dos psicólogos) enfatizam a importância dos primeiros 7 anos de vida na criação do sistema de crenças que frequentemente reprimimos para o inconsciente e devemos lidar ao longo do resto de nossas vidas.
- Dr. Lipton explica que situações estressantes afetam adversamente a forma como nossos genes se manifestam, enfraquecendo o sistema imunológico. O Pathwork Guide ensina que estados freqüentes de estresse podem resultar da percepção de ameaças e perigos onde não existem (por causa de crenças erradas enraizadas). Isso sobrecarrega e prejudica a capacidade física, mental e emocional do indivíduo, comprometendo a capacidade de lidar com a vida.
- Como perceber as crenças enraizadas no inconsciente? Nossa vida exterior reflete nosso status psíquico interno, que pode conter crenças subconscientes adversas e conflitos entre crenças conscientes e inconscientes. Se percebermos como nossa vida exterior está evoluindo, isso nos dará pistas importantes para identificar crenças enraizadas inconscientes.
- Como mudar as crenças subconscientes adversas? Ambas as fontes recomendam começar por perceber essas crenças (tomar consciência delas). Isso trará crenças inconscientes para o nível consciente, onde elas podem ser trabalhadas; reafirmamos repetidamente o conhecimento consciente e intelectual de tais crenças e conflitos adversos, juntamente com o desejo de alterá-los. O Guia do Caminho também recomenda procurar possíveis prazeres negativos derivados da atuação de crenças erradas (como “o doce sabor da vingança”). Dr. Lipton sugere que a hipnose acesse o nível subconsciente, tanto para trazer seu conteúdo para o nível consciente quanto para mudar as crenças subconscientes erradas. (Isso é muito diferente do que outros defendem, sugerindo que a hipnose pode ser usada para acessar o mundo do espírito).
- As crenças são passadas subconscientemente de geração em geração, a menos que essa cadeia seja quebrada pela conscientização do processo, fazendo com que ele mude. (Essa noção está intimamente relacionada aos processos de constelação sistêmica).
As descobertas da ciência moderna estão chegando a conclusões que as doutrinas espirituais e as filosofias místicas há muito afirmam. O ritmo da ciência é muito mais lento, pois seus métodos de desenvolvimento são limitados pelo que nossos sentidos físicos (auxiliados por dispositivos de medição) podem perceber; essa limitação não se aplica aos avanços da espiritualidade e da filosofia.
Gustavo Monteiro
Fevereiro 2019