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Notas sobre a Palestra 77 – Autoconfiança – sua verdadeira origem e o que a impede

<- Programa de Trabalho

 

A autoconfiança vem quando manifestamos o nosso ser real, intuitivo. Quando sentimos que estamos expressando, nossas verdadeiras convicções, sem a interferência de crenças preconceituosas enraizadas (“imagens”), então sentimos autoconfiança. Quando sentimos falta de confiança, este é um sinal da presença e interferência de nossas “imagens”, através da criança interior, do ego, do eu inferior ou da máscara.

 

Podemos nos sentir confiantes em uma área e não tanto em outras. Isso depende do tipo de imagens que ainda temos em nossa personalidade. Estas imagens podem gerar conflitos e correntes de força que impedem a autoconfiança.

 

Nos acostumamos a acreditar que o nosso eu real são os impulsos e as vontades compulsivas que acreditamos serem necessárias e que precisamos expressar para que possamos ser felizes, ou mesmo para sobrevivermos. Isto não é verdade!

 

Na verdade, nossos conflitos, as imagens, os equívocos e os problemas internos proíbem o nosso eu real de se manifestar.

 

O desejo de ser feliz é válido. Mas, muitas vezes, sentimos o desejo de ser aprovado e admirado como sendo o mesmo que desejar a felicidade. A criança dentro de nós pensa que, para ser feliz, a nossa vontade tem ser feita. E a nossa vontade às vezes pode ser vista como a vontade de ser aprovado e admirado. Este desejo de ser aprovado e admirado pode tomar o lugar do desejo de ser amado.

 

Saímos da infância com a convicção, raramente consciente, de que: “Para que eu possa ser feliz, a minha vontade tem que ser feita.”

 

Quanto mais o nosso intelecto conflitar com as nossas emoções inconscientes, mais difícil será identificar as nossas falsas convicções enraizadas, que causam as correntes de força.

 

Inconscientemente, você sente que ter a sua vontade satisfeita é uma questão de vida ou morte. Não conseguir isso representa o abismo, significa aniquilação. Este medo é tão forte que você não quer admitir que a sua vontade não tenha sido satisfeita. Em vez disso, você finge que o que você queria não é mais desejável.

 

Isto não é apenas orgulho, mas se baseia na falsa idéia de que se não conseguirmos o que queremos, isso significa terror, escuridão e infelicidade. Não é verdade que seremos infelizes se não tivermos a nossa vontade satisfeita . Não é verdade que não podemos conseguir o que desejamos e que a vida nos é hostil. Não precisamos vender a nossa alma para conseguir o que queremos.

 

A falsa crença de que é preciso ter a nossa vontade satisfeita para sermos felizes deve ser abandonada. Só então é que nos tornaremos capazes de agir motivados por sentimentos reais e, portanto, produzir soluções reais e eficazes para os nossos problemas, promovendo a nossa autoconfiança.

 

Junto com a falsa crença de que temos que ter a nossa vontade satisfeita para sermos felizes, duas imagens comuns também se desenvolvem:

 

“Eu só posso ser feliz se tudo acontecer do jeito que eu quero, quando eu quero.”

♦  “Como tantas vezes eu não consegui o que eu queria, isso significa que eu nunca poderei conseguir o que quero; e, portanto, nunca poderei ser feliz.”

 

Essas imagens são ilusórias. E onde há ilusão, ou inverdade, deve haver incerteza constante, tensão, ansiedade, luta e dúvida. Enquanto você permanecer na ilusão, não poderá se conectar com a realidade, que é a única segurança.

 

Se você não pode confiar em si mesmo, você não pode confiar na vida, no mundo, ou em Deus. Removendo a falsa premissa, você é obrigado a confiar em si mesmo e, portanto, no fluxo da vida, que lhe fornece exatamente o que você precisa em cada fase da sua vida. Isto não significa uma atitude fatalista, passiva, em que você espera, sem nunca fazer nada. Essa atitude cria automaticamente o equilíbrio entre atividade e passividade.