Cada vez que as suas pseudo soluções não funcionam, você entra em desespero. Você fica convencido de que não trabalhou o suficiente para fazer com que as pseudo soluções funcionassem, para manifestar o falso eu idealizado.
Então você acha que é tão inadequada que você não consegue nem mesmo fingir com sucesso . Mas se você pudesse ao menos aperfeiçoar essas “soluções” imaginárias , tudo ficaria bem. Você estaria salvo.
Abrir mão das pseudo soluções (como a autoimagem idealizada) parece ser um tremendo perigo, expondo-o totalmente à humilhação, aniquilação e vergonha. A corrente do não é usada para evitar a ameaça imaginária. Todos esses sentimentos são inconscientes.
Você precisa trazer os processos acima para o nível consciente. Você pode fazer isso mediante uma honesta e profunda autoconfrontação, e buscando a ajuda do seu eu superior, em meditação.
Além de meditar com a intenção de abrir-se para a orientação do Eu Superior, uma fonte adicional de ajuda é o método de falar as coisas. Quando você fala com outra pessoa, as coisas tomam forma e ganham uma clareza que você havia perdido quando se limitava a apenas pensar nelas.
Você também pode precisar superar uma corrente do não que impede o próprio processo de autorrevelação. Seja qual for o equívoco, a imagem original, com suas premissas falsas e emoções negativas, causa uma profunda vergonha. O seu sentimento de estar isolado com um segredo que o torna culpado e vergonhoso, que o torna diferente dos outros pode ser melhor revelado como falso conversando com outra pessoa. Na medida em que esse processo de partilha é iniciado, a vergonha começa a desaparecer, até mostrar-se como a ilusão que sempre foi; uma ilusão que tem causado tanto sofrimento.
À medida em que as pseudo soluções começam a tornar-se conscientes, o medo pode aumentar, pois você percebe que as antigas pseudo soluções não funcionam e você ainda não tem conceitos melhores para substituí-las. Resistir ao progresso desse processo só vai aumentar a duração desse período desconfortável. Soluções e meios falsos para lidar com a vida criam uma falsa força, falsa segurança, e falsa felicidade.
Para a corrente do sim se expressar em qualquer área da sua vida e personalidade, sua consciência não pode estar dividida, com os diferentes níveis expressando objetivos, opiniões, conceitos e emoções diferentes. Quando você chegar ao estado de unidade com você mesmo, com o seu eu interior divino, no fluxo e harmonia da corrente do sim, você não terá nada a temer. Você estará pisando em solo firme. A realização de qualquer expressão do seu eu poderá facilmente ser conseguida.
Quando você se permitir abandonar toda a falsidade, expressando a sua vontade de crescer, você necessariamente verá que o Deus que você inconscientemente temia não existe. O Deus que existe não conhece limitação no esbanjamento da felicidade que será toda sua, bastando pedir.
Você pode ousar expressar satisfação com a saúde ou com um relacionamento feliz, mas você pode se sentir egoísta e ganancioso se a sua consciência também expressar o desejo de ter uma carreira bem sucedida. Mas essa não é nem a forma de agir nem a vontade de Deus. É o seu jeito, nascido das suas limitações internas. O paraíso pode ser na terra, assim como o inferno também – sempre de acordo com a sua maneira interna de ser.
A realidade do verdadeiro despertar espiritual é que o enorme poder e imanência do divino está à sua disposição imediata. Para contatá-lo, você tem que se sustentar nas próprias pernas, dispensando a necessidade de que uma autoridade externa seja responsável por você. Todo efeito em sua vida pode ser atribuído a causas internas em você mesmo, mas, por todos os meios, você sempre procura a razão das circunstâncias da sua vida fora de si mesmo.
Aqueles de vocês que avançam firmemente, lutando contra o Não interior, estão todos saindo lentamente do confinamento e das trevas, para a liberdade e a luz da verdade. Qualquer um que afirme que tem feito o seu melhor, mas não tem conseguido sucesso é porque não está na verdade, está se autoiludindo.
O inconsciente é a força mais potente na determinação do resultado, independentemente da vontade consciente. É preciso tornar consciente o inconsciente, a fim de remover todos os obstáculos e a divisão dentro de si.
Algumas pessoas sentem assim: “Se eu disser não, a vida não vai dizer não para mim e não me tratará muito mal.” Ou seja, você diz não aos seus próprios desejos, por temer que a vida possa dizer não para você de uma forma ainda mais dura. Você diz não por causa de um “vício” de estar no controle.
Também pode acontecer que você diga não por medo de que, se você não disser não, uma inadequação e uma vergonha específicas teriam que ser encaradas. Esta, naturalmente, não é uma inadequação real ou uma verdadeira vergonha, mas, inconscientemente, você acha que sim. O não autoimposto parece eliminar a necessidade de olhar mais de perto.