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Notas (Parte-2) sobre a Palestra 97 – O Perfeccionismo Obstrui a Felicidade – Manipulação das Emoções

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Dramatização excessiva e repressão de sentimentos são formas de manipular emoções. Isso afasta você dos seus sentimentos reais e, portanto, do seu verdadeiro eu. Emoções dramatizadas ou amortecidas são emoções falsas, não são a experiência da alma.

 

A dramatização exagerada está conectada com a pseudo-solução do poder. A repressão dos sentimentos está conectada com a pseudo-solução da retirada, da falsa serenidade, significa fugir da vida e da experiência.

 

A consciência da vida e dos outros só pode vir como resultado da autoconsciência. E autoconhecimento é justamente o processo de reconhecer como você real e verdadeiramente reage.

 

Você vai perceber muitas vezes, talvez, que você só se torna consciente de uma certa reação sua depois de alguns dias após o evento. Seu primeiro impulso será o de ficar com raiva de si mesmo, por só ter percebido muito mais tarde algo que “deveria” ter percebido imediatamente. Isso, no entanto, indica progresso, porque até então você nunca tinha se tornado consciente da sua verdadeira forma de reagir.

 

Se você tem um sentimento agressivo, do qual você não gosta, mas que é muito forte, o seu bom senso diz que você não deveria se sentir assim. Como você lida com isso?

 

O primeiro passo é dar-se conta de que você ainda não consegue se sentir diferente. Aqui entra o perfeccionismo, porque algo em você diz: “Eu não deveria ter esses sentimentos de agressão. Eu deveria compreender melhor e saber que o outro agiu a partir dos seus próprios problemas ainda não resolvidos.” Tudo isso pode ser verdade, mas nisso está contido o “eu não deveria” do perfeccionismo. No entanto, se você diz para si mesmo: “Eu não posso deixar de sentir desta forma, porque eu ainda estou tateando no escuro; e eu, como ser humano, muitas vezes tenho que tatear no escuro.”

 

Só aceitando suas limitações humanas é que a agressividade e a hostilidade desaparecerão, porque você vai descobrir e tomar consciência de que, subjacente a esses sentimentos, há uma ferida; e que você se sente rejeitado. Sua vergonha e medo dessas emoções fazem você sobrepor a elas o sentimento mais rude e desagradável da agressividade.

 

Aprenda a distinguir entre perfeição e crescimento. A aceitação da imperfeição não significa o desejo de permanecer estático. No entanto, o perfeccionismo é tão extenuante e leva a um desânimo e a uma tal rigidez e falsidade, que o crescimento se torna impossível.

 

Onde quer que você encontre a sua grandiosa autoimagem idealizada, com todas as suas exigências tirânicas sobre você, com todos os “deves” e “tem que”, você poderá ver que, justamente onde você foi direcionado por essa imagem, foi exatamente onde você não conseguiu crescer. Você só cresceu onde o seu eu idealizado não governou. O perfeccionismo leva à pretensão e à rigidez – e isso bloqueia o crescimento e o desenvolvimento, bem como a mudança. Só quando você pode estar relaxado com relação às suas imperfeições e não precisa fingir, a fim de escondê-las, só então você pode crescer; só então o solo fica fértil para o crescimento.

 

Onde há perfeccionismo, que proíbe o crescimento, ao invés de incentivá-lo, todos os três estão presentes: orgulho, obstinação, e medo. Há orgulho em querer e precisar ser perfeito. E, uma vez que uma parte de você sabe que você não é perfeito, você finge. A obstinação diz, “Eu tenho que ser perfeito já.” Tanto o orgulho como a obstinação levam ao fingimento. Ou, em outras palavras, levam para longe da verdade.

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