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Notas (Parte-1) sobre a Palestra 97 – Perfeccionismo – Manipulação das Emoções

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Encontrar Deus, na verdade, significa encontrar o verdadeiro eu. Significa entender e perceber as leis do universo. Significa ser capaz de amar e se relacionar; e sentir alegria. Significa ser verdadeiramente autorresponsável. Significa ter a integridade e a coragem de ser você mesmo, mesmo que isso signifique abrir mão da aprovação de terceiros.

 

Muitas pessoas pensam que uma vida feliz requer ou até mesmo é uma vida perfeita. No entanto, sabemos que a perfeição não existe no nosso mundo material dualista. Este equívoco dá origem a um dos nossos maiores conflitos. Queremos uma vida alegre e gratificante, mas acreditamos que isso exige uma perfeição na vida que não existe.

 

Quanto mais você aceitar a imperfeição, mais alegria você será capaz de dar e receber. Sua capacidade para a felicidade depende da sua capacidade de aceitar a imperfeição.

 

Você não terá uma base sólida para prosseguir no seu crescimento espiritual, a menos que você enfrente a realidade de ambas as verdades – uma no mundo (o mundo é imperfeito) e outra em sua alma (a sua não-aceitação da imperfeição). Ao aceitar a imperfeição, você se torna menos imperfeito.

 

Você não pode ficar com nenhuma das atitudes comuns de “isso ou aquilo”: ou procurar a perfeição imediata, ou desistir completamente de lutar pelo seu progresso. Aceitar a imperfeição não significa abandonar a busca de crescimento e aperfeiçoamento.

 

Um possível desvio da atitude certa para o crescimento é buscar a perfeição em conformidade com as normas externas que nos são impostas pela sociedade. A abordagem correta é seguir nosso próprio eu real, a voz da nossa própria consciência.

 

Certifique-se de encontrar e seguir seus próprios valores, em vez de aceitar os impostos externamente. Faça o que você faz por si mesmo, em vez de por causa das aparências.

 

Vocês estão tão condicionados a manipular suas emoções que vai levar um tempo considerável e exigir muita atenção de sua parte para se darem conta, gradualmente, de como estão realmente fazendo isso. Uma vez que vocês reconheçam muitos dos seus sentimentos conscientes como imperfeitos, o seu perfeccionismo irá forçá-los a sobrepor emoções não autênticas sobre eles. Manipular as emoções dificulta a sua espontaneidade e coloca vocês mais distantes do seu verdadeiro eu. O verdadeiro eu sempre ousa ser espontâneo.

 

Nós tendemos a manipular as emoções através do reforço e/ou atenuação da intensidade da sua expressão. Se tendemos a enfatizar ou a atenuar nossas emoções depende de muitos fatores, como a nossa estrutura de personalidade, as nossas pseudossoluções, os problemas da nossa vida, e assim por diante.

 

A corrente de força que nos leva a manipular as emoções vem das nossas necessidades reprimidas, muitas vezes inconscientes. Podemos enfatizar nossas emoções na expectativa de sermos gratificados em termos de uma necessidade reprimida; ou podemos reprimir nossas emoções, se tivermos medo do possível efeito que estas emoções possam ter sobre a satisfação das nossas necessidades. Neste último caso, tendemos a atenuar ou mesmo reprimir completamente a emoção, banindo-a completamente da nossa consciência.

 

Tornar nossas emoções mais fortes ou mais fracas do que realmente são, é uma forte adulteração, que mutila o seu funcionamento.

 

Devemos permitir que nossos sentimentos venham à superfície da nossa consciência. Isso não significa que temos de agir com base neles. Mas observando como realmente nos sentimos e a diferença de como permitimos que esses sentimentos sejam expressos externamente (seja de modo reforçado ou atenuado), vamos começar a ter uma boa percepção do que significa sermos o nosso verdadeiro eu. Nossas emoções reais, quando não manipuladas por necessidades inconscientes, vão criar uma situação interior muito diferente e, portanto, eventualmente, uma situação exterior também diferente.

 

Isso não é exatamente o tipo de trabalho que você pode fazer em suas sessões pessoais de trabalho. Essas questões poderão vir e provavelmente virão à discussão, mas essa consciência só pode ser alcançada através da calma observação, quando você está sozinho.

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