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Notas (Parte-1) sobre a Palestra 140: Conflito entre prazer positivo e negativo

<- Programa de Trabalho

 

A dor é o resultado de um conflito. Ela ocorre quando duas direções opostas existem em uma personalidade. A direção das forças universais criativas é para a luz, a vida, o crescimento, o desdobramento, a afirmação, a beleza, o amor, a inclusão, a união, o prazer supremo. Sempre que esta direção é contrabalançada por outra, uma perturbação é criada. Não é a perturbação em si que cria a dor, mas sim o desequilíbrio e um tipo especial de tensão causado pelo sentido oposto. Isso é o que causa o sofrimento.

 

A tração nos dois sentidos é o que cria a dor. Você pode dizer que isso é o que realmente causa a dor, porque quando a disputa é abandonada e a pessoa desiste e se entrega à dor dor, a dor pára. Se a personalidade estivesse consciente de querer a saúde e também a não-saúde, a disputa cessaria instantaneamente. É a inconsciência que cria uma lacuna entre causa e efeito. A causa é o desejo negativo; e o efeito é a perturbação do sistema. as duas solicitações opostas continuam e a dor surge.

 

A dor que vem do conflito entre desejos conscientes e inconscientes se aplica ao plano físico, bem como aos planos mental e emocional. Se o conflito se torna consciente e o desejo negativo não é mais sustentado, a dor (física, mental ou emocional) vai parar. No plano espiritual as coisas são diferentes.

 

O plano espiritual é a causa, enquanto que todos os outros planos ou esferas de consciência são efeitos. O plano espiritual é a origem do sentido positivo. Ele não pode conter, e não contem um sentido negativo. A direção negativa cria, e é criada por diversas atitudes incompatíveis com a origem de toda a vida. O plano espiritual é a unidade em si, portanto, conflito, direções opostas e, consequentemente, a dor são impensáveis e ilógicos lá.

 

Sobre os níveis físico, emocional e mental, onde a negatividade pode existir, é possível aceitá-la como uma perturbação temporária decorrente do conflito com o positivo, que estará sempre presente. A negatividade pode existir e ser aceita, nos planos físico, mental ou emocional, como uma condição temporária, que existe sem finalidade. No plano espiritual isto não é possível, uma vez que é um plano de unidade.

 

Faz toda a diferença para um indivíduo ser ou não ser consciente de seus desejos negativos. Existem, naturalmente, graus de consciência. Quanto mais houver consciência de um desejo deliberado para o negativo, mais você vai estar no controle de si mesmo, da vida, e tanto menos você se sentirá como vítima, indefeso, e fraco.

 

O trabalho neste caminho envolve tornar-se consciente de desejos negativos deliberados, ou do desejo de evitar resultados positivos, o que vem a ser a mesma coisa. É, como você pode ver, um marco essencial em seu caminho total de evolução. O princípio de ciclos ou círculos – quer benignos ou viciosos – é sempre o princípio da autoperpetuação. Autonomia é positivamente autoperpetuação, posta em movimento pela consciência da realidade.

 

Tome-se, por exemplo, qualquer atitude saudável e positiva. Quando você está extrovertido, construtivo, aberto, inclusivo, todas as coisas acontecem facilmente. Você não tem que trabalhar duro para que elas fluam. Elas se perpetuam. Você nem sequer tem que gastar energia em qualquer tipo deliberado de meditação. Por si só, os seus pensamentos , atitudes e sentimentos positivos criam mais pensamentos, atitudes e sentimentos positivos. Estes, por sua vez, criam satisfação, produtividade, paz, e dinamismo. O princípio é exatamente o mesmo em situações negativas. As forças autoperpetuantes, neste caso, só podem ser alteradas por este processo deliberado que coloca algo novo em movimento. Esse processo do Pathwork realiza exatamente isso.

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